quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Reflexão de Encerramento…

A criação deste blogue surgiu como resposta a uma das solicitações de trabalho e avaliação da UC - Educação a distância e E-Learning e para mim foi mais um desafio. Nele coloquei alguns trabalhos e reflexões elaborados por mim e de outrem relacionados com os temas abordados nesta U.C ao longo do semestre.
Quanto ao blogue, na verdade trata-se de uma ferramenta muito versátil para apresentar este tipo de trabalhos e manter um referencial de pensamento e reflexão ao longo do tempo. Na elaboração deste blogue procurei dar uma panorâmica do que foi o meu trabalho nesta UC que agora chega ao fim. Penso ter conseguido o meu objectivo, no entanto, tenho plena consciência de que muito mais e melhor haveria a fazer.
Em jeito de balanço gostaria de dizer que esta U.C se revelou desde muito cedo de muito interesse e utilidade. A sensação de que ainda tenho um longo caminho de aprendizagem a percorrer deve-se precisamente à falta de tempo para abarcar tantas e tão necessárias matérias. Confesso que por vezes me foi difícil disciplinar-me para poder levar a bom porto algumas das tarefas. Quero todavia agradecer a disponibilidade da docente da U.C, Doutora Maria João Gomes e a grande força dos meus colegas de grupo que sempre me apoiaram e encorajaram em todos os momentos.
Até breve... 

domingo, 6 de fevereiro de 2011

EaD - EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Avaliação na EAD.

COMO AVALIAR EM CONTEXTO DE E-LEARNING?

A função básica da formação em geral, e também do e-learning, é permitir que as pessoas aprendam. Numa situação genérica basta apenas que, de forma informal ou formal, sejam adquiridas competências. Essa é, de facto, uma das principais funções do e-learning. De forma individual ou colaborativa, e muitas vezes de forma perfeitamente informal, as pessoas podem aprender utilizando estes meios de aprendizagem.
A avaliação dos sistemas de formação, quando estes se suportam em regimes de ensino a distância em e-learning, segue os mesmos critérios que os sistemas presenciais de formação devem utilizar. No entanto, existem diferenças claras na forma de avaliar as aprendizagens, dado que nos sistemas presenciais a avaliação das aquisições das qualificações pode ser mais fácil. O contacto entre professor/aluno e formador/formando permite garantir um maior grau de certeza quanto à validade da qualificação conseguida.
Nos modelos de e-learning, e dado que a comunicação é muitas vezes apenas mediada pela tecnologia, há que ter uma abordagem diferente, utilizando instrumentos de recolha de dados variados, que permitam garantir a validade das avaliações realizadas. Os instrumentos de avaliação online devem ser diversificados e em comum acordo com os visados. Assim, devem ser esclarecidos os objectivos de cada instrumento, uma vez que esta modalidade coloca ao dispor dos intervenientes várias ferramentas de utilização, desde fóruns, chat, questionários online, blogues, entre outros.

“Importa contudo ter a noção de que o tipo de técnica ou instrumento de avaliação seleccionado deve ser articulado com a natureza do que se quer avaliar e de que alguns tipos de instrumentos de avaliação são mais adequados a certos objectivos do que outros.” (Gomes; 2006: 11)

Muitos autores de referência na área do e-learning defendem também a importância da participação nos grupos de discussão ser alvo de avaliação, como forma de estimular a participação e dessa forma potenciar a construção de Comunidades de Aprendizagem Distribuídas, embora obviamente o sucesso destas esteja muito mais relacionado com as metodologias pedagógicas utilizadas do que propriamente com a avaliação.


LAGARTO, J. R. (2009). Avaliação em e-learning. In Educação, Formação &Tecnologias; vol.2 (1); pp. 19-29, Maio de 2009, disponível no URL: http://eft.educom.pt.

TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO – INOVAÇÃO…

A evolução das gerações de EaD trouxe comunidades virtuais e sistemas de e-learning mais fáceis de usar, mais interactivos, mais acessíveis e que permitem maior flexibilidade temporal e espacial.
Assim, verificou-se um aumento/transformação do “espaço de publicação, partilha e construção colaborativa de conhecimento”. (Gomes, 2008).

A Brief History of Technology in Education

TIPOS DE E-LEARNING

E-learning
Apesar de não ser consensual a definição do termo e-learning, podemos considerá-lo como uma modalidade de ensino a distância que possibilita a auto-aprendizagem, com recurso a suportes tecnológicos de informação e serviços em rede. Segundo Gomes (2005), o e-learning está relacionado com a Internet e com o serviço www que permitem o acesso rápido e facilitado de um manancial de informação em diferentes formatos (som, imagem, vídeo,…), como suportes do processo de ensino-aprendizagem.

M-learning
M-learning, de mobile learning, ou educação móvel é uma das derivações da educação a distância ou e-learning. Acontece quando a interacção entre os participantes se dá através de dispositivos móveis, tais como telemóveis, ipods, laptops, rádio, tv, entre outros. O M-Learning é uma maneira excitante, envolvente e motivadora de tentar melhorar a aprendizagem dos alunos/formandos usando tecnologias móveis.

B-learning
B-learning, é um derivado do E-learning, e refere-se a um sistema de formação onde a maior parte dos conteúdos é transmitido à distância, normalmente pela internet. Inclui necessariamente situações presenciais, daí a origem da designação blended, algo misto, combinado.
Pode ser estruturado com actividades síncronas, ou assíncronas, da mesma forma que o e-learning, ou seja, em situações onde professor e alunos/formandos trabalham juntos num horário pré-definido, ou não, com cada um a cumprir as suas tarefas em horários flexíveis.

GOMES, M.J., (2005). E-learning:  reflexões sobre o conceito. In DIAS, Paulo; FREITAS, Cândido Varela de (Org.), Actas do Congresso Internacional sobre Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação. Braga : Centro de Competência da Universidade do Minho. pp. 229-236.

História da Comunicação - breve mas ilucidativa ...

domingo, 30 de janeiro de 2011

O porquê do e-learning.


As organizações debatem-se actualmente com um conjunto de problemas estruturais, nomeadamente na área da gestão de recursos humanos. Estes problemas caracterizam-se por estarem relacionados com a formação de pessoal, principalmente com os custos associados a estratégias de formação credíveis.
A implementação de uma solução de e-Learning permite obter redução de custos associados com a formação, nomeadamente através de:
- Redução dos custos de deslocações e estadias: ao acederem à informação em qualquer local, os formandos não estão limitados à sua área geográfica de actuação, da mesma maneira que são reduzidos os custos com deslocações necessárias para os locais de formação. A redução nas deslocações traduz-se também num aumento de produtividade associado à menor necessidade de se ausentar do local de trabalho;
- Redução dos custos associados à logística de formação: os formandos poderão aceder à informação sempre que dela necessitarem, não estando obrigados à presença sujeita a marcação de hora e local. Também a disponibilização da informação online permite aos formandos a consulta para esclarecimento de dúvidas ou para processos de reciclagem;
- Acessibilidade, redução de tempo e rápida distribuição: A informação está disponível para todos os colaboradores (ou para os destinatários seleccionados) em tempo real, com uma redução do tempo de produção de alterações aos conteúdos o que permite uma rápida distribuição da informação.
É todavia na sua vertente de “modalidade de ensino /formação (colaborativa ) a distância que o e-Learning pode maximizar o seu potencial ao servir de suporte ao desenho de cenários de educação/formação e de criação de situações de aprendizagem baseadas na Exploração de uma imensa quantidade e diversidade de recursos disponíveis na Internet, na partilha de Experiências entre todos os participantes, no Envolvimento decorrente da participação numa comunidade de aprendizagem no espaço virtual, numa perspectiva Empreendorista da papel do aluno, tudo isto facilitado por uma relação (metaforicamente) Empática com a utilização da Web enquanto tecnologia de suporte
http://www.eduport.com/community/kiosk/20004/evalprint.htm

APRENDIZAGEM COLABORATIVA.


Com base nas teorias sociais, a aprendizagem colaborativa encara o aluno como elemento activo no processo de aprendizagem e oferece aos alunos grandes possibilidades de desenvolvimento de competências sociais e cognitivas.
As interacções sociais são as principais desencadeadoras da aprendizagem. Quando duas ou mais pessoas colaboram numa actividade, dá-se o processo de mediação, possibilitando uma reelaboração do conhecimento. A utilização de algumas ferramentas, como fóruns de discussão, salas de chat, entre outras, podem desencadear novos conflitos cognitivos. Estes conflitos ocorrem não pelas ferramentas em si, mas pela interacção do sujeito com elas e porque existirá a interferência de outros indivíduos que poderão actuar como promotores do crescimento cognitivo do desenvolvimento real.
A interacção estimula o diálogo e motiva cada pessoa a pensar e a repensar o pensamento do outro, selando o acto de aprender, que nunca é individual. O aluno deve ser participativo, um pesquisador incansável, tendo uma consciência crítica e reflexiva sobre a mesma, visando a sua transformação.
A utilização dos computadores na aprendizagem colaborativa pode acontecer através da relação indivíduo/computador, indivíduo/rede local, indivíduo/ciberespaço, apresentando-se desta forma como um processo colaborativo.
Os ambientes virtuais colaborativos de aprendizagem são espaços compartilhados de convivência que dão suporte à construção, inserção e troca de informações pelos participantes, visando a construção social do conhecimento.
Aprender significa uma possibilidade de mudar a percepção sobre a realidade. O que distingue a aprendizagem da obtenção de informação é a efectiva aplicação do conhecimento, pressupondo um indivíduo activo com a variável essencial para que a aprendizagem de facto ocorra. Aprender é sair de si mesmo, é ligar-se com outras realidades, é ter curiosidade, é um aceitar como desafio a reconstrução contínua do conhecimento.
A produção do conhecimento não se dá de forma solitária, mas sim de forma colectiva. Na sociedade contemporânea deposita-se na tecnologia, mais precisamente no computador e nas redes, a possibilidade de construir um espaço virtual propício à produção de aprendizagens colaborativas.
O computador propicia a interacção, a construção de ideias, propósitos e experiências, independentemente da distância geográfica em que estas pessoas se encontram. As práticas de aprendizagem na rede permitem um acesso ao saber que é ao mesmo tempo denso, diversificado, personalizado e colaborativo.
Este novo espaço de aprendizagem possibilita a criação de uma comunidade virtual que poderá com a afinidade de interesses e objectivos, cooperação e troca, produzir conhecimento dinâmico, colaborativo e reorganizado constantemente.

PRÁTICAS DE E-LEARNING.

Poderemos considerar que os pilares do e-Learning são a tecnologia, o conteúdo e a gestão em que a ausência de qualquer um destes elementos torna incompleto um projecto de e-learning.
Existem 2 tipos de tecnologia de suporte:
●Tecnologia Síncrona – caracteriza-se por permitir comunicações a distância mas coincidentes no tempo, isto é, ambos os intervenientes têm que estar presentes.
São exemplos o uso da videoconferência, Netmeeting, Chat (Mirc, Irc, ICQ, etc),...
●Tecnologia Assíncrona – caracteriza-se por permitir comunicações a distância mas não coincidentes no tempo, isto é, os intervenientes podem estar presentes em tempos diferentes.
São exemplos o uso de clientes de mail (Outlook, Eudora, ...), Foruns de discussão, transferência de ficheiros por FTP, ...
Assim os serviços que a plataforma de e-Learning presta aos seus “Formandos virtuais”, depende muito das tecnologias de base que foram utilizadas na construção da arquitectura da plataforma de e-Learning.

Desafios do e-learning


As transformações que as sociedades têm sofrido nas últimas décadas nas áreas sociais, económicas, políticas e demográficas têm incitado a modificações substanciais nas necessidades de educação e formação, colocando novos desafios e criando novas exigências aos sistemas educativos e formativos.
Com a exigência de evolução e respostas adequadas às necessidades das actuais sociedades, surgiram novas práticas no ensino e na formação que contemplaram as tecnologias de informação e comunicação e o ensino a distância, como forma de resposta a todos aqueles que necessitam de educação/formação sem possibilidade de presença física e de meios capazes de dar respostas diversificadas e flexíveis de acordo com as necessidades dos indivíduos.
Neste contexto, a educação a distância surge como modalidade de ensino e formação cada vez mais relevante pelas suas características de flexibilidade temporal e espacial no que respeita às situações e espaços de formação, mas também pela maior interactividade, comunicação e cooperação permitidas pelos serviços de comunicação em rede.
A inovação tecnológica veio permitir o ensino a distância e com este, tornou possível o acesso a todos aqueles que por qualquer motivo não podem estar presencialmente em locais que lhes permitiriam aceder fisicamente a novas vivências e aprendizagens.
Na sociedade actual o conhecimento e a informação são imprescindíveis para a formação e o sucesso profissional dos indivíduos.
Com a rápida evolução das novas tecnologias, a sociedade, as empresas e também as escolas necessitaram de formar e actualizar os seus intervenientes. Contudo, devido às condições socioeconómicas das sociedades, as pessoas não dispõem de muito tempo nem espaço, o que me leva a acreditar que o ensino a distância surge como uma resposta às necessidades actuais.
Gomes, Maria João (2005). Desafios do e-learning: do conceito à práticas. Universidade do Minho. Instituto de Educação e Psicologia. Centro de Investigação em Educação.

O que é o e-Learning?

O e-learning é um processo de aprendizagem que aplica o potencial das tecnologias de informação e comunicação ao desenvolvimento da aprendizagem e da formação. É uma metodologia de aprendizagem e caracteriza-se pelo uso da Internet.
É um processo que permite a flexibilidade em termos de tempo e espaço, em que o professor e aluno, formador e formando não se encontram fisicamente no mesmo local, mas ligados através da rede. É através da Internet que são transmitidos os conteúdos educativos e é feito o acompanhamento.
O e-learning poderá ser definido como uma forma de educação e formação em que a aquisição de conhecimentos por parte dos formandos é baseada na utilização de acções (síncronas e assíncronas), actividades e exercícios; conjunto de orientações/moderações do professor e ainda conjunto de ferramentas de aprendizagem e interacção (ferramentas electrónicas normalmente baseadas na web) que permitem aproximar pessoas com diversas experiências, tendo como objectivo comum a troca e apreensão de novos conhecimentos ou competências, sendo essa aprendizagem comum normalmente mediada por uma instituição educativa.
Retirado de: Gomes, Maria João (2008). Na senda da inovação tecnológica na Educação a Distância. In Revista Portuguesa de Pedagogia; ano 42-2, p.181-202. Coimbra: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.

As TIC na educação…

As Tecnologias de Informação e Comunicação invadiram as nossas vidas, tornando-nos verdadeiros dependentes de equipamentos e ferramentas tecnológicas que existem para nos facultar momentos de informação, aprendizagem, comunicação, trabalho e até lazer. Tornaram-se de tal modo importantes nas sociedades que a escola sentiu necessidade de acompanhar o progresso adaptando e evoluindo os processos de ensino-aprendizagem de forma a dar resposta à evolução. Assim, o ensino tornou-se mais informatizado, as Tecnologias de Informação e Comunicação surgiram como um meio promotor e facilitador do processo ensino-aprendizagem, quer em contexto de sala de aula presencial, quer à distância. As TIC permitiram criar uma maior abertura e participação no processo ensino-aprendizagem, tornando o aluno/formando mais interventivo e construtor do seu próprio conhecimento, permitindo um alargamento de horizontes a todos os níveis e tornando a sala de aula num espaço sem fronteiras.